Quando estourou, no ano passado, as denúncias de funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa, a Casa informou que tomaria medidas pra corrigir a situação. Em março deste ano, a AL anunciou a exoneração de 363 servidores, como parte de Resolução publicada com a determinação de extinção de 692 cargos comissionados. Entre eles, nomes de familiares e pessoas diretamente ligadas aos deputados e ao governador Robinson Faria.
Apesar das medidas anunciadas, nesta quinta-feira (18), o TCE divulga relatório técnico de auditoria no
Foto: Assessoria AL RN |
quadro funcional e na folha de pagamento de pessoal da AL com mais de 200 páginas, realizada entre os meses de janeiro e abril de 2016, que mostra que as medidas não reduziram os gastos exorbitantes e ilegais.
Governador
As irregularidades também abrangem o período em que Robinson Faria presidiu a AL. O relatório recomenda que junto com o atual presidente Ezequiel Ferreira, e o ex-presidente Ricardo Motta, o governador faça o ressarcimento aos cofres públicos de mais de R$ 85 milhões.
Farra
Pelo relatório, a farra com dinheiro público continua. No período auditado, a folha de pagamento teve o valor de R$ 1,5 bilhão. O número de servidores cresceu, sendo que alguns se tornaram efetivos sem concurso público. O número de comissionados cresceu de 844 para 2.610, de 2011 a 2015.
A prática do nepotismo também foi identificada pelo TCE, que encontrou também o descumprimeto à Lei de Responsabilidade Fiscal, e outras ilegalidades, como matrículas duplicadas e contas bancárias iguais para diversos servidores.
A notícia saiu primeiro na Tribuna do Norte. Veja reportagem completa aqui.