Manifestação realizada hoje pela manhã em Mossoró |
Essa é a pergunta feita por um grupo de servidores do Hospital da Mulher, que questiona os motivos do fechamento do Hospital.
Os trabalhadores afirmam não entender por que a unidade vem sendo desabastecida propositalmente, há mais de um ano, sem repasses por parte do Governo do RN.
A enfermeira Adriana Alves, representante do grupo, afirma que a Maternidade Almeida Castro não tem condições de atender à demanda de Mossoró e região, mesmo após a transferência - programada - dos equipamentos do Hospital da Mulher para a Casa de Saúde Dix-Sept Rosado.
Ela questiona quem deverá assumir os novos leitos, já que os servidores do Hospital da Mulher, que são da Secretaria Estadual de Saúde, não podem ser lotados na unidade filantrópica.
Além disso, afirma que o repasse da Rede Cegonha, na qual o Hospital da Mulher é habilitado, é feito mensalmente pelo Governo Federal, mas não tem sido repassado pelo Governo do Estado.
"A decisão de fechamento é muito estranha. A reunião que aconteceu entre a SESAP, a Secretaria Municipal de Saúde, a junta interventora e os juízes definiu tudo sem consultar nenhum servidor e nem mesmo a direção do Hospital. Como o Governo vai repassar dinheiro para o Município se não repassava nem a verba da Rede Cegonha? A quem interessa esse fechamento?", questiona a enfermeira.
Após a reunião que definiu a transferência dos serviços do Hospital para a Maternidade Almeida Castro (veja aqui), os servidores se mobilizam e conclamam entidades e população para lutar contra a decisão.
Já buscaram apoio dos vereadores, da Ordem dos Advogados do Brasil e realizam a terceira manifestação pelas ruas de Mossoró nesta manhã.
Chegaram a ir a Natal, mas, de acordo com Adriana, em evento da área da saúde, ninguém tinha conhecimento da decisão. "Nem a Associação Brasileira de Enfermagem, nem os representantes da Rede Cegonha e nem mesmo os servidores da SESAP", afirma.