Na Escola Estadual Aida Ramalho, cerca de 30 estudantes acampam no pátio principal. Desde a tarde de ontem, os alunos da unidade resolveram se unir à luta nacional da classe contra medidas do Governo Federal.
Os estudantes são contra a Proposta de Emenda Constitucional 55 (antiga PEC 241), contra a reformulação do Ensino Médio feita por medida provisória, contra as propostas que propõem a intitulada Escola Sem Partido e contra o governo Robinson Faria.
Durante a noite, 20 estudantes permaneceram no local. Já hoje, novos alunos aderiram à iniciativa e movimentos sindicais começaram a apoiar a manifestação, suprindo os estudantes com mantimentos e colchões.
A ocupação tem uma agenda de atividades para todo o dia, que inclui oficina de produção de cartazes, produção de um programa de rádio, faxina coletiva, palestras sobre a PEC 55 e Governo Temer e exibição de filmes com temas relacionados.
A diretora da escola, Évila Cruz, declara apoio ao movimento. Os professores também participam da programação com aulas públicas e palestras.
Presidente Kennedy
Já os alunos da Escola Estadual Presidente Kennedy realizaram, na última segunda (07) um protesto pelas ruas de Mossoró contra o fechamento da unidade, motivada por uma "reorganização da educação no Estado", conforme o Governo Robinson Faria.
Os estudantes chegaram a ir até à Diretoria Regional de Educação e Cultura (12ª DIREC), mas a diretora da unidade, Rina Márcia, explicou que estes estudantes serão transferidos para outras escolas.
Segundo declarou a diretora da unidade, Evy Regis, à reportagem veiculada na TCM, o prédio da escola é alugado ao estado há vários anos, com um valor chega a R$ 5 mil. Dívidas de IPTU foram negociadas, mas a paralisação das atividades pode ser irreversível.
UERN
Já os estudantes da UERN, juntamente com os docentes da universidade e servidores do judiciário realizaram manifestação, durante cerca de oito horas em frente ao Fórum Silveira Martins.
Aproveitando a presença, em Mossoró, do desembargador Claudio Santos, que se declarou a favor da privatização da universidade (veja aqui), eles manifestaram repúdio e tentaram rebater a ideia do presidente do TJ.
Os manifestantes não conseguiram falar com o desembargador.