Foto: Assessoria SINDASP-RN |
A situação é delicada.
Por um lado, os agentes penitenciários vêem a situação atual como o estopim de uma previsão feita desde o início da atual gestão pela categoria e, segundo eles, comunicada ao governador Robinson Faria.
Eles se valem do direito constitucional à greve para protestar contra a situação em que trabalham, que inclui pouco pessoal e condições estruturais precárias. Acrescenta-se aí as últimas medidas anunciadas pelo governador para controlar Alcaçuz, que, para os agentes, são paliativas e devem "empurrar o problema com a barriga".
Por outro lado, a situação do Rio Grande do Norte é alarmante. E a culpa, bem sabem os agentes, não é exclusiva de Robinson Faria. A crise no sistema prisional é nacional - atualmente presídios em São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco também sofrem com rebeliões - e no nosso caso específico, a crise entra também na conta dos ex-governadores do RN.
A argumentação dos agentes de que as ações a serem tomadas por Robinson devem ser efetivas, e não temporárias, faz todo sentido. No entanto, o momento pede cautela de todos os envolvidos com a segurança pública e o sistema prisional, e a permanência dos agentes penitenciários, pelo menos por enquanto, é fundamental para a sociedade.