Na China, Robinson assinou protocolo com fábrica Chint (Foto: Divulgação) |
Circulam na imprensa do Ceará informações que preocupam o futuro econômico do nosso estado.
Irá mesmo para o Ceará a tão propalada fábrica de Painéis solares fotovoltaico, anunciada pelo governo do RN, após recente viagem à China, que seria instalada no Estado, como uma das âncoras do Parque Tecnológico do Estado, o Potiparky (também divulgado).
O Diário do Nordeste, que circula em Fortaleza, divulga o contrário.
“A partir do segundo semestre deste ano, entrará em operação a primeira fábrica de painéis fotovoltaicos do Estado do Ceará.
O início da fabricação de placas e equipamentos terá inicio no fim de agosto ou início de setembro.
O empreendimento, orçado em R$ 150 milhões, é fruto de uma parceria entre com os chineses”.
A unidade fabril cearense atenderá à demanda do mercado interno, sobretudo, parte de parques solares.
E a expectativa é que, até o fim deste ano, durante quatro meses de produção, a empresa fature aproximadamente R$ 90 milhões.
E mais.
Os cearenses já planejam construir outra unidade fabril, voltada para o mercado externo.
Para isso anunciam que já reivindicam ao governo federal a instalação em seu território de uma área de livre comércio (ZPE), com previsão de implantação em 2018 (ver no Diário do Nordeste).
O governo do Ceará conta com o apoio da empresa alemã, que recentemente ganhou a concorrência para exploração do aeroporto de Fortaleza.
Os alemães defendem (o que o editor desse blog defende há mais de 20 anos para instalção no RN) uma área de livre comércio (ou ZPE), ao lado do aeroporto de Fortaleza.
Por enquanto, o governo do RN não confirma ainda, que tenha perdido a “parada” para o Ceará.
Persiste silêncio em torno do assunto.
Talvez, para tentar reverter o quadro adverso aos interesses do estado, o que seria bom.
O editor do blog registra com pesar essa notícia.
Não foi por falta de alerta, que o RN está na iminência de reconfirmar o “karma” de ser o estado do já teve.
Essa realidade vem de governos anteriores (desde 2006).
O Ceará ousa. Sonha. Dá impressão de ser lunático. Inova. Sai do “feijão com arroz”. Por isso tem avançado.
Encarna o empreendedorismo do século XXI.
Deus queira que nesse caso da fábrica de Painéis solares, em associação com os chineses, nada se confirme e o RN não volte a ser o grande perdedor.
O mais grave de tudo é que o RN poderá perder definitivamente a chance de implantar na “Grande Natal”, uma área de livre comércio.
A nossa vocação econômica inegável e cristalina é de ser um polo exportador avançado nas Américas, inclusive ativando o comércio com o Canal do Panamá, que permitiria o acesso a países integrados na Aliança do Pacífico (envolve mais de 300 milhões de consumidores potenciais), em fase de consolidação.
Só não enxerga quem não tenha visão global de futuro.
A posição geográfica privilegiada do Estado (o mais próximo nas Américas da Europa e África) tem sido reconhecida, desde a construção do Forte dos Reis Magos no século XVI (para evitar a invasão dos franceses), até a escolha de Parnamirim como Trampolim da Vitória, no século XX (para deter o avanço de Hitler).
No século XXI, a área de livre comércio (ZPE) seria a vez do aproveitamento econômico desse posicionamento geográfico estratégico, através da implantação em nosso território de um polo exportador e turístico, sem dúvida o mais abrangente e promissor da América Latina.
O governo federal teria que ser convencido, com estudos e dados incontestáveis, de que essa proposta contribuiria para o avanço do comércio exterior e aumento das divisas, contribuindo para a estabilidade da economia nacional, num momento de crise como vivemos.
Roraima em 2008 conseguiu a única área de livre comércio do país, até hoje (ver abaixo foto do ato de criação).
O argumento à época foi de que se tratava da maior fronteira terrestre do Brasil.
O “Grande Natal”, no RN, é a mais extensa fronteira aérea e marítima da América Latina, em relação a Europa e Africa.
Com muito maior razão se justificaria, portanto, a instalação em nosso estado de uma ALC.
O editor do blog, à época deputado federal, alertou, alardeou, pressionou, fez essa reivindicação inúmeras vezes na tribuna do Congresso Nacional (tem livros publicados e os Anais congressuais).
Buscou governos, auxiliares (secretários da área), municípios, federações empresariais e várias outras instituições.
Nada conseguiu, certamente para evitar o crédito político de ter contribuído com um avanço dessa dimensão, favorecendo o futuro do estado.
Desprezo e apatia pela proposta, até hoje.
Resultado: os cearenses preparam-se para implantá-la em 2018 e impulsionar a sua economia.
Uma ALC no RN, ao lado do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, significaria milhares de empregos e novas oportunidades, além de ser uma conquista pública impessoal e não apenas voltada para interesses pré-definidos, como é tradição.
O editor do blog, certamente, continuará sendo jocosamente apelidado de “sonhador”, “dono da verdade”, ou “lunático”, ao defender justamente as teses econômicas que os cearenses aceitam, sobretudo a área de livre comércio e por isto passam a nossa frente,
Fazer o que?……..
Nada.