As mudanças na legislação eleitoral brasileira, que estão sendo urdidas nas entranhas do Congresso Nacional, caminham para consolidação de um modelo de poder ainda mais excludente, seletivo, oligárquico e plutocrata.
Na verdade, não se trabalha uma reforma, mas amarras que garantam o maior poder político aos donos dos maiores partidos e uma ameaçadora valorização dos congressistas, verdadeira casta institucional.
Em nome da melhoria do sistema, querem de vez a tomada da república e de seus poderes como bem para poucos e por poucos, inibindo – como sempre – o surgimento de novas lideranças políticas e alternativas ao poder vigente.
Faz-se a montagem de um simulacro de parlamentarismo, com redução de poderes do Executivo.
Esse é, em síntese, o espírito das leis que querem validar.
Voltaremos ao tema, tratando de pontos diversos do texto-base aprovado à madrugada de hoje na comissão da Câmara Federal, que discute mudanças no sistema eleitoral.