Ontem a UERN realizou o Fórum de Segurança Universitária. Há pelo menos três anos a insegurança na Universidade é pauta de debates e reuniões. De lá pra cá, os assaltos na instituição aumentaram - hoje são frequentes - e as medidas não passaram do campo das ideias.
Grupos dentro da academia demonstram, até hoje, aversão à presença de policiamento ostensivo numa instituição de ensino. Essa é uma das principais lacunas da gestão do reitor Pedro Fernandes à frente da Universidade.
Nesta quarta-ferira (13) assaltantes fizeram arrastão em departamento de aulas da UERN |
Um apelo do reitor, há cerca de um mês, para que os "vagabundos" respeitassem a UERN, acabou virando piada nas redes sociais.
Apesar do apelo, as ações criminosas não têm sido seletivas, e a UERN tem sofrido assim como toda a sociedade. Após diversos casos isolados de assaltos, um arrastão - na noite de ontem (13) - subtraiu cerca de 40 celulares de estudantes.
Apesar do apelo, as ações criminosas não têm sido seletivas, e a UERN tem sofrido assim como toda a sociedade. Após diversos casos isolados de assaltos, um arrastão - na noite de ontem (13) - subtraiu cerca de 40 celulares de estudantes.
E finalmente, a universidade anuncia a solicitação de rondas permanentes da Polícia Militar a partir de hoje (14), até que um convênio para pagamento de diárias operacionais seja firmado.
A medida urgia há muito tempo. É o mínimo a se fazer diante da falta de estrutura da própria universidade, aberta, com segurança terceirizada desarmada e sem monitoramento de câmeras.
Contar com a também desestruturada PM é a saída primária para tentar reprimir as ações de criminosos que passaram a ver no Campus Central um alvo fácil.
O sistema de convênio para pagamento de diárias operacionais é a melhor maneira de utilizar as forças militares sem comprometer - ainda mais - a atuação da carente Polícia Militar do RN em Mossoró.
Vale lembrar que atualmente a área que engloba a UERN, de responsabilidade do 12º Batalhão da Polícia Militar, conta com apenas 30% do efetivo policial necessário - 75, se revezando na cobertura de sete cidades e em escalas, com apenas três viaturas.
Enquanto isso, a sociedade aguarda Robinson Faria (PSD), auto intitulado o governador da Segurança, e as medidas efetivas do Governo para começar a solucionar de verdade o problema da segurança no RN.
O estado não precisa de medidas paliativas que transfiram a violência de lugar, como é o caso da concentração de efetivo numa zona mais violenta da cidade, como as BICs e Ronda. O estado precisa é de zelo com os cidadãos e o patrimônio público, a partir do aparelhamento da polícia, realização de concurso público, reajustes salariais e progressões dos policiais militares. Além de estruturação e condições para a Polícia Civil atuar na integração com os PMs e na solução dos crimes registrados.
O estado não precisa de medidas paliativas que transfiram a violência de lugar, como é o caso da concentração de efetivo numa zona mais violenta da cidade, como as BICs e Ronda. O estado precisa é de zelo com os cidadãos e o patrimônio público, a partir do aparelhamento da polícia, realização de concurso público, reajustes salariais e progressões dos policiais militares. Além de estruturação e condições para a Polícia Civil atuar na integração com os PMs e na solução dos crimes registrados.