Em assembleia realizada na tarde de ontem (27), os policiais militares decidiram seguir com a paralisação.
A decisão foi tomada após reunião ocorrida no mesmo dia entre a Secretaria Estadual de Segurança, comandos da PM e BM, delegado Geral da Polícia Civil, o diretor da Associação Brasileira de Inteligência (ABIN) - representando o Governo Federal, OAB e associações da PM e Polícia Civil.
De acordo com a Associação dos Praças Militares do Rio Grande do Norte (APRAM), não há perspectiva de retorno dos policiais às ruas. A proposta do Governo do RN foi de continuar a mesa de negociações, como propôs o Tribunal de Justiça (TJ).
Dezesseis mortes violentas em nove dias só em Mossoró (Foto: Passando na hora) |
Já os policiais exigiram a presença do governador Robinson Faria e de representantes dos demais poderes na reunião. Eles defendem a solução através da redução de repasses e da utilização das sobras desses orçamentos. "Por exemplo, os 570 milhões ociosos do TJ, que corresponde a quase duas folhas para todos os servidores", explica Tony Fernandes, presidente da APRAM.
Não há previsão de quando deverá acontecer essa reunião.
Insegurança
Com a paralisação, apenas uma viatura tem feito a cobertura da área do 12º BPM, em Mossoró. No 2º BPM tem sido feita com uma viatura e apenas um grupo (GTO ou Força Tática).
Em períodos de normalidade, seis viaturas circulam só na área do 2º BPM.
Desde que a paralisação começou, no dia 19 de dezembro, 16 mortes violentas ocorreram só em Mossoró. Em todo o Estado, o número de homicídios, furtos, roubos e arrastões alarmam a população.