A despeito do voto por convicção, o clima tenso e o extremismo que marcam essa campanha eleitoral podem trazer já para o primeiro turno o voto útil.
O voto por convicção é aquele no candidato em que o eleitor acredita, se identifica. Já o voto útil é usado para evitar a vitória de um postulante que ele rejeita, sendo depositado em um outro candidato, diferente da sua preferência.
Geralmente, o voto útil aparece no segundo turno. Mas em 2018, a tendência de sua antecipação é clara e vem sendo demonstrada pelos eleitores em pesquisas.
O crescimento das campanhas de Bolsonaro e Haddad pode deslocar eleitores, e não só eles: os próprios nomes do centrão que não estão vendo suas candidaturas decolarem podem rumar para apoiar o candidato que demonstre real chance de vitória e com quem possa articular acordos pós-eleição.
Quem acredita nessa possibilidade é a socióloga Andréa Linhares, que conversou sobre a campanha eleitoral nacional no programa Cenário Político (TCM), nesta terça-feira (18).
Na entrevista, a professora avaliou as campanhas dos candidatos Bolsonaro, Haddad, Ciro e Marina, e falou sobre os comportamentos da esquerda e da direita no Brasil nos últimos anos.