sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Integração entre polícias e parcerias público-privadas são o ponto de partida para a segurança do RN, diz Ivenio Hermes

No 5º estado mais violento do país, onde a taxa de homicídio é 69 por 100 mil habitantes (bem acima do Rio de Janeiro, com a taxa de 32 por 100 mil habitantes), a primeira reunião de transição de governo com equipe especializada em segurança aconteceu hoje (16).  

O coordenador do Observatório da Violência do Rio Grande do Norte (OBVIO), Ivenio Hermes, que integra a equipe, explica ao Blog que é necessária "a criação de um plano de segurança pública exequível, com pontos de aferição para dar satisfação à sociedade, focado principalmente na integração entre as polícias para a redução de homicídios".

Em meio à crise econômica e recursos reduzidos para a execução de qualquer plano, Ivenio esclarece que um plano de segurança pública para a situação atual deve ser voltado para metas a serem alcançadas, ajustando o orçamento do Estado para cada ano de gestão, com previsões dentro das expectativas de soluções orçamentárias anuais, buscando complemento e parcerias público privadas, ampliando a malha de cobertura de dados, e firmando convênios.

Cenário Político


No programa, o especialista avaliou que "segurança pública não se faz sem dinheiro, qualquer ação custa caro e é um grande investimento que vai impactar inclusive em outras áreas. Sem segurança, outras políticas públicas falham".

Ele também avaliou a política de segurança aplicada no RN nos últimos anos: "Precisamos de investimentos macro - mudança na forma de enxergar a criminalidade. Estamos adotando modelos arcaicos, como 'operações blitz' que duram mais de uma hora. Toda vez que se quer pensar a segurança só se pensa em polícia na rua, e se esquece de policia investigativa, científica e de investimentos em educação, turismo, geração de emprego... Não deve ser tratada de forma isolada. são só ações imediatistas que não geram segurança a longo prazo".