Coletivo Negras realizou evento na UFERSA sobre a consciência negra (Foto: Yure Rodrigues) |
As distorções existem no tratamento pessoal, nas relações de empregos, nas diferenças de renda, nas oportunidades profissionais, sem contar a escravidão que ainda é encontrada hoje em dia.
Para Ady Canário, professora da Universidade Federal Rural do Semi Árido (UFERSA) e coordenadora do Coletivo Negras, autodeclarar-se negro é uma construção social em que se assume uma identidade negra em um contexto em que existe um silêncio no cotidiano acerca da construção étnico-racial e coloca o negro como alvo do racismo, preconceito e discriminação.
"Ser negro na sociedade brasileira, na verdade, é tonar-se negro. É romper com uma estrutura social que nos coloca numa posição de inferioridade", avalia.
O professor de história, Eric Souza, que se reconhece negro, explica que a importância, a "grande sacada do dia é dar a voz a quem sente no dia a dia a importância de uma consciência negra".
Negro, de acordo com critérios do IBGE, é aquele ou aquela que se declara pardo ou negro.