O melão é a primeira fruta brasileira a ser exportada para China. O Brasil é o único país do mundo habilitado a enviar a fruta para a China.
O objetivo foi alcançado depois de um longo processo que resultou no relatório chinês autorizando o embarque das frutas brasileiras para o país.
Segundo os produtores, a China é um destino que muitos países almejam, já que possui 1,7 bilhão de habitantes, e está em fortalecimento da economia. O consumo do melão pelos chineses é muito alto. Lá são produzidos cerca de 400 mil hectares de melão/ ano, enquanto o Brasil produz 20 mil hectares.
A intenção é que o Brasil aproveite o período de chuvas em que os chineses não conseguem produzir.
Com isso, para alcançar mercado de 10% dos que eles consomem, o melão norte-riograndense, que é responsável por 75% da produção no país, terá que triplicar o mercado. Num médio e longo prazo, isso significa mais plantio, mais exportação, mais geração de empregos, mais movimentação no comércio local e mais arrecadação de impostos.
De acordo com o presidente do Comitê Executivo de Fruticultura (COEX), Luiz Roberto Barcelos, no ano passado, o estado do RN já liderou a exportação de frutas no Brasil inteiro, com o valor de US$ 158 milhões (cerca de R$ 600 milhões).
Mas abrir o mercado brasileiro para o exterior tem sido uma "questão de sobrevivência do setor", diz Barcelos. Os resultados positivos de crescimento, inclusive nas exportações para a Europa, têm sido fruto do momento em que passa o mercado interno, que está desaquecido.
"A economia brasileira ainda está se recuperando, mas não está num volume alto, então boa parte do melão que era destinado ao mercado brasileiro está sendo exportado. O câmbio também está favorável, então as empresas têm se voltado mais para a exportação. Por isso estamos trabalhando para abrir novos mercados", explica.
A indústria do melão também tem recebido visitas do Vietnã, Oriente Médio, e parte do Leste Europeu para abrir novos negócios. O mercado brasileiro caiu de forma que existe hoje uma sobre oferta da produção atual.
Visita da China
As visitas ocorrem para se verificar a análise de risco de praga do produto para exportação.
É necessário um protocolo em que está especificado um regramento para que a praga não viaje junto com os produtos. O melão produzido em Mossoró está livre do risco da mosca branca, que é a praga que poderia atingi-lo. Segundo Barcelos, é reconhecido inclusive por outros países como EUA, Chile, países da Europa e Argentina.
Os chineses verificaram na região, na semana passada, as áreas de produção e as áreas urbanas para checar potencial risco. A fiscalização incluiu também a região das barreiras que são impostas às frutas produzidas fora da produção dos melões locais, para evitar contaminação.
É necessário um protocolo em que está especificado um regramento para que a praga não viaje junto com os produtos. O melão produzido em Mossoró está livre do risco da mosca branca, que é a praga que poderia atingi-lo. Segundo Barcelos, é reconhecido inclusive por outros países como EUA, Chile, países da Europa e Argentina.
Os chineses verificaram na região, na semana passada, as áreas de produção e as áreas urbanas para checar potencial risco. A fiscalização incluiu também a região das barreiras que são impostas às frutas produzidas fora da produção dos melões locais, para evitar contaminação.
Os maiores desafios da exportação do nosso melão para a China, segundo o presidente do COEX, é "como fazer o melão viajar 35 dias para chegar ao destino, quais são os melões que eles consomem, ou se eles se adaptarão às nossas variedades e que parceiros são mais adequados para distribuir as frutas lá", lista.
Esses desafios deverão ser resolvidos de 5 a 10 anos, triplicando a área, o que será positivo para a cadeia produtiva.
Esses desafios deverão ser resolvidos de 5 a 10 anos, triplicando a área, o que será positivo para a cadeia produtiva.
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