Na última segunda-feira (04), o secretário adjunto da Saúde do RN, Petrônio Spinelli foi enfático: "estamos mais próximos do lockdown do que da flexibilização". Os estados nordestinos Ceará e Maranhão já decretaram a medida em algumas cidades nesta semana. Mas no RN existe realmente a necessidade do lockdown?
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista em Mossoró, Michelson Frota, afirma que a classe empresarial "não quer nem pensar nisso". O empresário que, assim como outras entidades representativas da classe, torce pelo retorno - que ele chama de "consciente" - das atividades comerciais, diz que o RN não tem números que exijam o lockdown.
No lockdown, em regra, as pessoas só podem ir à rua para fazer compras em supermercados e farmácias ou trabalhar em atividades essenciais. Embora especialistas afirmem que o Estado tem outros mecanismos para enfrentar a epidemia, as cidades que têm adotado o regime leva em conta o número crescente de casos confirmados e óbitos, o colapso no sistema de saúde e a redução do isolamento social.
Bairro Alecrim, em Natal, no último fim de semana (Foto: cedida) |
O policial civil, Pedro Mattos, afirmou, em entrevista no Cenário Político (TCM Telecom) desta quarta-feira (06), que o RN tem pouca estrutura para fiscalizar medidas de restrição. Na parte que cabe aos policiais, existe um défict histórico de policiais civis e militares para realizar o trabalho.
Mesmo com a declaração do secretário adjunto e apesar de não atualizar a relação entre quantidade de leitos existentes e a ocupação da rede pública de saúde pelas vítimas da Covid -19 no Estado, o Governo descarta, pelo menos por enquanto, a decretação do lockdown.
Em contato com o Blog, o secretário estadual de Saúde, Cipriano Maia, informa que não há decisão tomada. "Essa é uma medida extrema que todos queremos evitar. A evolução do número de casos, de óbitos e a taxa de ocupação de leitos em cada uma das regiões é que irá orientar decisão a ser tomada em cada momento. O isolamento social, o uso de máscaras e o cumprimento das medidas do decreto estadual é nosso melhor antídoto contra um eventual Lockdown", finaliza.
Postar um comentário