Ana Flávia é parte do movimento estudantil em Mossoró (Foto: web) |
Em 26 de agosto, a Polícia Federal emitiu portaria para abertura de inquérito policial contra a coordenadora geral do DCE da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), Ana Flávia Lira. A representação, formulada pela nova reitora da Ufersa, Ludimilla Oliveira, é de calúnia e difamação. Segundo Ludimilla, em áudios que circularam na imprensa após sua nomeação, Ana Flávia a cita como golpista e interventora, o que constituiria calúnia e difamação.
A reitora, nomeada pelo presidente Jair Bolsonaro em sua passagem por Mossoró, no último dia 21, diz ainda que sofreu ameaça. No áudio, Ana Flávia teria dito que "Na Ufersa Ludimilla não entra nem de helicóptero" e conclama os estudantes a organizar a luta para "nenhum minuto de sossego para a golpista Ludimilla e toda sua equipe".
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Na denúncia é ainda anexado um vídeo, feito no dia 23 de agosto, divulgado na página do DCE, em que Ana Flávia diz que pretende desmoralizar e constranger a reitora e a nova equipe de gestão.
Além disso, a representação solicita ainda a verificação de "suposta formação de quadrilha", supondo a possibilidade de que o grupo de manifestantes possa ameaçar a integridade física dos estudantes ou impedir sua entrada no seu primeiro dia de trabalho, que acontece amanhã (01). De acordo com a portaria, a Polícia Federal estará na Universidade "como medida urgente e cautelar".
Veja cópia de documento da Polícia Federal aqui.
"Violento processo de perseguição"
A direção do Diretório Central dos Estudantes Romana Barros, entidade representativa dos estudantes da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), emitiu nota sobre o assunto. Eles chamam a denúncia de "violento processo de perseguição".
Para o DCE, a medida reforça a intenção autoritária, e diz que "foi para perseguir e criminalizar a comunidade acadêmica que ela, que perdeu as eleições para a reitoria, está tentando assumir a reitoria à revelia do resultado das urnas". Ainda questiona: "Que tipo de professora chama a polícia para impedir que uma estudante manifeste sua opinião?"
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