Muitos professores pensam que o racismo se restringe a acontecimentos históricos como o nazismo de Hitler ou o extinto regime do Apartheid na África do Sul
Por Kaliane Batista Genesio*
Mesmo sendo um fator marcante e notório, o racismo sempre ficou de lado no debate da sociedade brasileira. É cada vez mais comum nos depararmos com situações em que o povo negro é diminuído, o Brasil sempre negou a existência do racismo e com isso naturalizando tais atitudes. A escola sendo entendida como um espaço onde a sociedade de traduz acaba por ignorar, negar e reproduzir práticas racistas. Nesse sentido, este trabalho tem como objetivo analisar os desafios na pratica pedagógica diante a existência do racismo.
No Brasil o povo negro luta contra as ações do homem branco desde da colonização, enfrentando a escravidão, preconceito e discriminação. Luta essa que foi se intensificando, cada vez mais, com o passar do tempo, pela inserção da população negra na sociedade, tentando romper os estereótipos criados historicamente. Na escola vivenciamos um processo de construção de saberes, é nela que aprendemos todos os aspectos de nossa cultura entendida como uma construção de valores.
Aspectos ligados aos preconceitos, às representações sobre o negro e às identidades, são temáticas ainda vistas como desafiadoras na pratica pedagógica. Muitos professores pensam que o racismo se restringe a acontecimentos históricos como o nazismo de Hitler ou o extinto regime do Apartheid na África do Sul. Esse tipo de argumento é usado para explicar a suposta inexistência do racismo e defender o mito da democracia racial brasileira (GOMES, 2005).
Para combater ao racismo nas escolas é necessário compreender que o processo educacional é formado por dimensões para além do conteúdo/sala de aula. Também existe, nesse meio, a ética, a diversidade seja ela sexual, cultural ou racial entre outras. É preciso ter sensibilidade para perceber como esses processos se manifestam na nossa vida e na escola, de maneira que podemos construir novas formas de convivência e respeito entre os grupos sociais.
**Esta postagem faz parte de uma parceria do Blog Carol Ribeiro com o projeto Letramento Étnico-Racial.
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