Presidente da entidade diz que as conversas da classe com o Governo do RN sobre novo decreto trazia outro entendimento
Setor de comércio, serviços e turismo responde por 75% do PIB do Estado, segundo entidade (Foto: ABIH) |
O presidente da Federação do Comércio do RN (Fecomércio/RN), Marcelo Queiroz, divulgou uma nota sobre as novas medidas de restrições anunciadas pela governadora Fátima Bezerra (PT), e que serão publicadas em decreto nos próximos dias.
Segundo o empresário, eles foram surpreendidos, já que as conversas com setor econômico do Governo do RN apontavam que o fechamento de atividades não essenciais estava descartado. Veja nota na íntegra:
"Infelizmente, mais uma vez está sendo imposto um grande sacrifício ao setor produtivo, em particular ao Comércio, aos Serviços e ao Turismo, que respondem por 75% do nosso PIB e mais de 70% dos empregos gerados no RN. E isso é algo que nos preocupa e decepciona, sobretudo porque temos tranquilidade em afirmar que nossa parte vem sendo feita. E que não é no comércio ou nos estabelecimentos de serviços, onde todos os protocolos de biossegurança são rigorosamente cumpridos, que as pessoas estão se contaminando.
Também nos causou estranheza o fato de que vínhamos mantendo, desde o final de semana passado, conversas com a área econômica do Governo do Estado. Nelas, o que nos vinha sendo dito era que “o retorno ao fechamento de todas as atividades não essenciais estava descartado”.
No entanto, nesta quarta-feira fomos surpreendidos com uma mudança completa de rumo. Mudança da qual nós fomos apenas comunicados e que teria sido fruto de acordo intermediado pelo Ministério Público e que teria envolvido ainda a Prefeitura de Natal.
Vamos esperar a publicação efetiva do Decreto para que possamos analisar, junto com os nossos representados, e nos manifestar. Iremos também discutir e montar um conjunto de pleitos que possam compor um pacote de ajuda, fiscal, tributária e de crédito para Comércio e Serviços deste estado, além de auxílio emergencial para os trabalhadores, sob pena de passarmos a registrar um grande número de demissões e fechamento de empresas.
Estados como Ceará e Alagoas fizeram isso e podem servir de exemplo. Também destacamos que é preciso que seja feito todo o esforço para que estas novas restrições, que ainda não temos exato conhecimento, perdurem pelo menor tempo possível".
Marcelo Queiroz, presidente da Fecomércio RN
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