O grupo de realizadores independentes vem, desde 2014, fortalecendo o cenário audiovisual mossoroense e potiguar
(Foto: Fernando Nícolas e Wigna Ribeiro) |
Contemplado com o edital Fomento à Cultura Potiguar 2019, patrocínio da Fundação José Augusto do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, o coletivo audiovisual mossoroense ‘Buraco Filmes’ gravou neste final de semana (16,17 e 18 de abril) seu mais novo curta-metragem, curiosamente batizado de “Vindouro”.
Ainda em clima de suspense, as gravações começaram com filmagens no interior do Rio Grande do Norte, localizado na cidade do Santuário do Lima. Com um cenário de sertão, a zona rural do município de Patu foi o local escolhido pela produção, por reunir um tipo de beleza de natureza incomparável. Uma trama que envolve nordeste, drama e suspense e com uma paisagem de tirar o fôlego.
Para a publicitária, cineasta e diretora geral do filme, Wigna Ribeiro, gravar em locais tão bonitos como Patu são inspirador. "As gravações não poderiam ser em locais mais bonitos como este. Nós vamos utilizar todo o visual dessa belíssima região", conta a diretora.
Economia
A importância do projeto para além do incentivo cultural, é, sem dúvidas, a distribuição de renda que faz circular no estado e também no município de locação. Foram 3 dias, quase 20 pessoas, entre elenco e produção, movimentando a economia de pousada, supermercados, restaurantes, lanchonetes, fazendo gerar lucro para pequenos empreendedores, especialmente, em um momento delicado da pandemia que vive o estado e o país. “Foi interessante e gratificante ver a surpresa dos comerciantes em estar prestando o serviço, principalmente, em uma quantidade superior ao que estão conseguindo vender nesse período pandêmico”, pontuou Vitor Barros, produtor geral no coletivo.
O grupo de realizadores independentes vem, desde 2014, fortalecendo o cenário audiovisual mossoroense e potiguar com um portfólio composto por obras de curtas, longas-metragens e web série. Todos os projetos anteriores que o coletivo desenvolveu foram colaborativos, por meio de parcerias, apoios e contemplações. Este será o primeiro filme com verba para produzir. O coletivo hoje é formado por estudantes, entusiastas, realizadores e produtores de Mossoró/RN.
Diretora Wigna Ribeiro em gravação na cidade de Patu (Foto: Fernando Nícolas) |
Equipe
O curta foi todo gravado pela produtora Ribeiro Produção, que está como co-produção na realização do curta-metragem e conta com nomes da cena artística potiguar. Como é o caso do ator Igor Fortunato, que é o nosso diretor de arte. “Toda a equipe é local”, lembra Wigna.
Entre os atores do curta está Weskley Lamonnier, que interpreta Dimas, o filho caçula da mãe Dalva e o pai Zeca, interpretado pelos atores Mônica Danuta e Jeyzon Leonardo, respectivamente. O ator, que tem familiares na cidade, fala que é prazeroso se sentir em casa. "É um prazer enorme voltar a Patu. Tenho familiares que vivem aqui e sempre que posso tento viajar para cá. Trabalhar com esse visual é encantador e deixa um clima bastante gostoso ``, explica Lamonnier.
A escolha dos atores e atrizes foi feita ainda no início deste ano e a preparação finalizou na semana de gravação. Mônica Danuta, Weskley Lamonnier, Jeyzon Leonardo, Priscila, Wesley Castro, Edson e Matias Silva. “Julgo esse trabalho o mais diferente e com passos para a caminhada profissional do coletivo, principalmente pela maturidade. Estávamos sem gravar desde 2019 pelas limitações de isolamento da pandemia, fez o grupo construir uma visão mais consistente do que é fazer cinema. É algo mais maduro, com um olhar diferenciado”, pontuou Wigna.
A obra, que conta a história de uma família esquecida pelo Governo e fazendo justiça com as próprias mãos em um Nordeste assolado pela pobreza e seca, a Família Pereira agora tem outra preocupação além da fome, esconder um grande segredo que ameaça suas vidas. Já tem data e local para ser lançada: em maio, no canal do Youtube do Coletivo.
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