Os dados são do RN Mais Vacina
(Foto: Carol Lopes) |
É o que aponta o sistema RN Mais Vacina, plataforma desenvolvida pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN).
A vacinação contra a covid-19 no Rio Grande do Norte teve seu pontapé inicial em janeiro, com a chegada do primeiro lote da vacina Coronavac no estado. Desde então, mais de 435 mil doses do imunizante já foram aplicadas em todos os municípios do RN.
De acordo os números apresentados pela plataforma, pouco mais de 83 mil doses aplicadas até o momento no RN correspondem a segunda dose, todas da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Segundo infectologistas que atuam no enfrentamento à pandemia, é essencial tomar as duas doses da vacina dentro do prazo estipulado pelo fabricante, de forma a garantir imunização eficaz.
Vacina de Oxford tem intervalo entre doses maior
Ainda conforme os dados apresentados pelo RN Mais Vacina, há três casos de atraso na segunda dose referentes à vacina produzida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca, viabilizada no Brasil por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Porém, os pesquisadores do LAIS acreditam que possa ter ocorrido erro de digitação no registro destas, uma vez que o intervalo entre doses desse imunizante é de até três meses.
“Ainda não há tempo hábil para que as segundas doses da vacina de Oxford sejam aplicadas. Já entramos em contato com os municípios para fazer a retificação dos registros em questão no sistema”, complementou Rodrigo Silva.
O que afirma cada fabricante?
Coronavac (Sinovac/Butantan)
A bula do fabricante aponta que o esquema de imunização é de 2 doses de 0,5 mL com intervalo de 2 a 4 semanas (14 a 28 dias) entre as doses, porém os estudos de imunogenicidade fase 2 indicam uma melhor resposta imunológica da vacina com intervalo de 28 dias.
CoviShield (Oxford/AstraZeneca/Fiocruz)
O intervalo entre a primeira e segunda dose é de 4 e 12 semanas (equivalente ao intervalo de uma três meses), sendo o prazo de 12 semanas de intervalo o que registra melhor eficácia.
*Com informações do Lais/UFRN.
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