segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Terceira via faz movimento mixuruca por impeachment e viabilização

Foi mixuruca a movimentação desse domingo (12), aqui e ali, no país, contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Luta por impeachment de Bolsonaro envolve Lula, mas o ex-presidente está longe e fora dessa cruzada (Reprodução Web)

Do Blog Carlos Santos

Pouca gente nas ruas e avenidas do país, nos poucos lugares em que houve mobilização.

Algumas cenas que se propagaram pelas redes sociais são até constrangedoras para quem se meteu na organização.

Em São Paulo-SP, por exemplo, a Secretaria de Estado da Segurança Pública estimou que não passavam de pouco mais de 6 mil pessoas o aglomerado.

A mobilização do Movimento Brasil Livre e Vem Pra Rua, pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro, acabou servindo também para hostilizar o ex-presidente Lula.

O pouco barulho foi uma tentativa de sinalizar para terceira via na política brasileira, estancando a polarização entre lulistas e bolsonaristas. Contudo, na verdade, apenas confirmou que esse duelo está mais vivo do que nunca e caminha para ser ‘celebrado’ nas urnas.

Um precisa do outro e vice-versa.

Morta-viva

A oposição de centro-direita segue como zumbi, morta-viva. E olhe que às ruas foram lideranças de peso como o governador João Doria Júnior (PSDB-SP) e o controverso Ciro Gomes (PDT).

Soou engraçado até, convocação deles para que o PT aparecesse e encorpasse o movimento.

O PT e Lula não abrem mão do protagonismo no enfrentamento ao bolsonarismo. Tem razão de pensar assim, até aqui. E quem luta por uma terceira via tem que pavimentar seu próprio caminho.

Não adianta ser como Ciro Gomes, que na Avenida Paulista defendeu “um acordo com a direita e um centro democrático”, pelo impeachment de Bolsonaro.

Se não se exceder muito mais na verborragia e apostar na ruptura a qualquer custo, Jair Bolsonaro vai seguir até o fim, para o juízo final das urnas. A inteligência estratégica de Lula quer assim. A saída dele por impeachment poderia ser um mal maior aos planos político-eleitorais dessa esquerda.

Michel Temer, o ex-presidente que negociou armistício (veja AQUI e AQUI) entre o seu sucessor e o Supremo Tribunal Federal (STF), não estará no palanque de Bolsonaro no próximo ano. Ele e o seu MDB, sabemos, é novamente um sonho de consumo de Lula, mesmo com calafrios de muitos próceres e militantes Brasil afora.

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