quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Com 2 ministros, RN é um dos dois estados do Nordeste sem palanque para Bolsonaro

O ano eleitoral começou e com ele as movimentações necessárias para os palanques se formarem

Do Território Livre: Conversas adiantadas ali, rompimentos fabricados acolá, casamentos por interesse em gestação.

Polarização confirmada de norte a sul do país, mas o RN segue como uma ilha de indefinições.

A começar pelo candidato ao Governo contra à reeleição de Fátima Bezerra, do PT.

Quem contra ela?

Mais. Quem tem um projeto e um sonho de governar o seu próprio estado para fazê-lo melhor, maior e mais forte?

O desafio hoje soa como sacrifício com conjunto vazio na resposta.

A candidatura anunciada do ex-prefeito Carlos Eduardo (PDT), derrotado por Fátima em 2018, é cada dia uma incerteza maior.

Desde suas férias antes do Natal crescem as especulações sobre a possiblidade dele ser o nome da situação para única e disputadíssima vaga ao Senado.

Mas e o candidato de Bolsonaro no Rio Grande do Norte?

Nem Carlos Eduardo seria e já enfrentou a pergunta em inúmeras entrevistas que deu interior afora.

O mesmo fenômeno não acontece em sete estados nordestinos. Senão vejamos:

No Maranhão, o bolosnarismo tem duas opções o senador Roberto Rocha(PSDB) ou o deputado federal  Josimar Maranhãozinho (PL);

Em Pernambuco, a deputada estadual Clarissa Tércio (PSC;

Na Bahia, o ministro João Roma (Rep);

No Ceará, o deputado federal Capitão Wagner (Pros);

Na Paraíba, o radialista Nilvan Ferreira (PTB) ou o policial militar Cabo Gilberto (PL);

Em Sergipe, o deputado federal Laércio Oliveira (PP) e no Piauí, a deputada federal Iracema Portella (PP).

Com dois ministros de estado, Fábio Faria (Comunicações) e Rogério Marinho (PL) – disputando entre si a possibilidade de concorrer ao Senado – o Rio Grande do Norte é junto com Alagoas os únicos estados que não têm palanque para Bolsonaro subir nas eleições.

Uma situação que revela, no mínimo,  enfraquecimento político do presidente e consequente fortalecimento do palanque Fátima Bezerra/Lula. 

Mas revela também a falta de convicção e consistência de quem apoia e segue o Bolsonarismo.

A constatação que ser anti-PT, anti-esquerda, anti-comunismo, anti-Lula não é o suficiente para um palanque… a favor de nada. Nem deles mesmos.

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