Escrivães e agentes continuam movimento, alegando que não foram notificados pela Justiça
(Imagem: reprodução) |
Após a decisão judicial que considerou ilegal paralisação e determinou o fim da greve da Polícia Civil do RN, os delegados já voltaram ao trabalho. A decisão foi tomada em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (11).
"Vamos continuar buscando outra forma de negociação com o Governo, por que nossos pleitos não foram atendidos, esperamos negociação plena", afirmou o delegado José Vieira, que atua em Mossoró, em entrevista à TCM HD.
A expectativa agora é pela decisão a ser tomada pelos agentes e escrivães para que o funcionamento seja retomado em sua normalidade na próxima segunda-feira (14).
Os agentes e escrivães continuam o movimento, pelo menos até que sejam notificados.
Decisão
O desembargador Ibanez Monteiro, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, determinou nesta quinta-feira (10) o fim da paralisação dos policiais civis, que começou na segunda (7) no estado. A decisão atende a um pedido do Ministério Público do RN.
Na decisão, o desembargador alega que a categoria realiza um serviço público essencial. O documento impõe uma multa de R$ 150 mil em caso de descumprimento de decisão por parte do sindicato dos policiais civis e da associação de delegados.
Na manhã de hoje (11), os membros da Polícia Civil realizaram ato em frente à Governadoria do Estado, em Natal, com cruzes e um caixão em volta da sede do Governo e, em seguida, resolveu entrar no prédio para esperar alguma resposta – noticia o Sindicato dos Policiados Civis e Servidores da Segurança Pública do RN (SINPOL/RN).
O outro lado
O Governo do RN emitiu nota reiterando interesse em manter diálogo, mas assinalando que “aguarda o cumprimento da decisão judicial”. Veja abaixo:
Nota
O Governo do Estado aguarda o cumprimento de decisão judicial por parte dos servidores da Polícia Civil do Rio Grande do Norte para retorno de suas atividades normais. E reitera a disposição em retomar os diálogos com as categorias, desde que cumpridas as determinações contidas na ação impetrada pelo Ministério Público no Tribunal de Justiça.
Pessoal da Polícia Civil quer dialogar diretamente com a governadora Fátima Bezerra (PT), que até o momento se esquiva de um encontro direto com seus representantes. Eles pedem garantia de manutenção do Adicional por Tempo de Serviço (ADTS) em seus vencimentos, que o MPRN entende como ilegal através de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI). Se houver pronunciamento judicial que acolha a tese da ADI, a Polícia Civil terá redução salarial de 35%.
*Com informações do Blog Carol Ribeiro, G1 e Blog Carlos Santos.
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