Mesmo com a medida, os preços dos combustíveis tiveram queda de 0,58% no IPCA-15 de janeiro divulgado nesta terça-feira pelo IBGE; veja análise do economista Lucas Godeiro
(Imagem: freepic) |
A Petrobras (PETR3; PETR4) anunciou o primeiro reajuste nos combustíveis do ano. A partir de amanhã (25), preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro.
A alta de 7,46% na gasolina foi um movimento técnico da companhia, uma vez que o Centro Brasileiro de Infraestrutura e Energia (CBIE) e a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) apontavam para uma defasagem de aproximadamente 15% nos preços do combustível.
A expectativa é de que o reajuste seja já sentido na inflação.
Vale destacar que os altos cargos na Petrobras atualmente ainda são ocupados pelos mesmos membros de 2022. O novo governo ainda não realizou as trocas. Ou seja: não foi a nova gestão que tomou esta decisão.
Queda
Mesmo com a medida, os preços dos combustíveis tiveram queda de 0,58% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de janeiro divulgado nesta terça-feira (24), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A queda nos preços médio dos combustíveis se deu apesar da alta de 0,51% no etanol. Segundo o IBGE, caíram os preços do óleo diesel (-3,08%), gasolina (-0,59%) e gás veicular (-0,40%).
Expectativa
Para o economista Lucas Godeiro, professor da universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), como o Petróleo é sensível ao mercado internacional, a perspectiva de estagnação na economia americana, ou até uma recessão, pode ajudar na estabilidade do preço do barril. A queda do dólar, de 2 de janeiro para cá, é outro ponto que pode auxiliar a manter o preço do combustível sem alta na atual política de preços aplicada.
Já em um segundo momento, quando Jean-Paul Prates assumir a presidência da Petrobras, espera-se uma mudança na regra, num hírbrido entre seguir o mercado internacional e com uma ponderação ao mercado nacional, o que também pode dar estabilidade ao preço dos combustíveis.
Por isso, segundo o especialista, se projeta para 2023 a inflação em 5% ou 5,5%, já levando em consideração que o combustível não subirá tanto, e "se houver recessão nos EUA, pode até cair o preço".
A entrevista foi concedida na quinta-feira (19), no Cenário Político (TCM Telecom). Veja abaixo:
*Com informações do Money Times, Acionista e Blog Carol Ribeiro.
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