Com voto secreto, poderá haver traições de ambos os lados
(Fotomontagem: Brasil 360) |
No Senado, a disputa à Presidência da Mesa deverá ser mais acirrada do que na Câmara Federal, no retorno dos trabalhos, quando acontece a eleição no próximo dia primeiro, quarta-feira.
Rodrigo Pacheco (PSD) é apontado como favorito para reeleição, mas enfrenta um candidato que continua fechado acordos: o ex-ministro de Bolsonaro, o potiguar Rogério Marinho (PL).
Rogério tenta unir a candidatura a antigos aliados do ex-presidente e aposto em tirar a maioria absoluta de Pacheco, para levar a disputa a segundo turno.
Neste fim de semana, conseguiu apoio formal do Republicanos, PP e PSC, que totalizam 23 senadores.
Pacheco diz a aliados que sairá vitorioso com mais de 50 votos - dos 81 no Senado. Rogério, no entanto, aposta nos indecisos. Afirma ter até 34 votos, o que mostra haver senadores prometendo votos aos 2 candidatos.
Com voto secreto, poderá haver traições de ambos os lados.
Câmara Federal
Já na Câmara Federal, a reeleição de Arthur Lira (PP) está mais tranquila.
Com ampla frente de apoio, que reúne 19 partidos, incluindo o PT de Lula e o PL de Bolsonaro, Artur Lira pretende garantir a reeleição.
Na última semana, as negociações se intensificaram. Sem o orçamento secreto, Lira garantiu uma turbinada na cota de combustíveis para mais de 9 mil reais mensais. O auxílio- moradia aos deputados também cresceu: vai de pouco mais de 4 mil reais até R$ 8.401.
O único adversário declarado do atual presidente no momento é o deputado Chico Alencar (PSOL). A Federação PSOL/Rede elegeu 14 deputados para a próxima legislatura, que inicia na quarta.
A previsão é que Artur Lira obtenha mais de 80% dos votos. Ele adquiriu força no mandato anterior, e reúne o conjunto de forças que esteve com ele nos últimos anos, além da base de Lula.
Em troca do apoio a Lira, o PT já garantiu o comando da CCJ e da Comissão de Educação, além de estar negociando outras duas.
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