Segundo o presidente da Petrobras, proposta foi aprovada pelos membros do Conselho de Administração que não permanecerão
(Foto: assessoria de imprensa/ Petrobras) |
A nota com esclarecimento sobre o reajuste de R$ 116 mil para R$ 126 mil no salário foi encaminhada por Jean-Paul Prates nesta quinta-feira (27):
Apenas a título de esclarecimento, de novo, e corroborando nota explicativa já emitida pela Petrobras oficialmente, informo que não é verdadeira a afirmação de que, como presidente da empresa, propus e aumentei o meu próprio salário.
Diferente do que foi publicado em alguns veículos, a proposta de correção da remuneração fixa dos administradores da companhia (que inclui membros da diretoria executiva e conselheiros e é matéria deliberada diretamente no âmbito do Conselho de Administração (CA), sem passagem prévia pela Diretoria Executiva), foi aprovada pelo CA da Petrobras e não tem efeito imediato.
A decisão ainda depende da deliberação e aprovação ou rejeição na Assembleia Geral de Acionistas, prevista para o dia 27/4.
Cabe esclarecer que me abstive da decisão tomada pelo colegiado, assim como outros três Conselheiros, que, como eu, deverão permanecer no Conselho. Os Conselheiros que votaram favoravelmente tiveram como base a percepção de oportunidade de melhoria dos valores de remuneração, atualmente praticados à luz de referências de empresas com as mesmas características.
A indicação de correção dos salários não tem nenhuma motivação individual e sequer atende a pleitos exclusivos da nova gestão, já que se trata de um tema que deve ser obrigatoriamente analisado pelas estatais para subsidiar decisão da AGO quanto ao montante que será destinado à remuneração de seus administradores no próximo ano.
9% de aumento
A assembleia de acionistas da Petrobras aprovou, nesta quinta-feira (27), o aumento de 9% nos salários dos diretores da estatal, incluindo o presidente Jean Paul Prates – cujo salário foi de R$ 116 mil para R$ 126 mil. O reajuste do grupo é menor que os 43,88% propostos pelo Conselho de Administração. Em 22 de março, o Conselho de Administração da Petrobras havia aprovado um reajuste de 43,88%, que elevaria o salário de Prates a cerca de R$ 167 mil.
No edital de convocação da assembleia de acionistas, a Petrobras afirmou que a remuneração total anual em 2022 do presidente e dos diretores executivos equivale a 18,19% e 54,85% do praticado pelo mercado, nessa ordem.
Além da remuneração fixa, os diretores também receberão aumento nos programas de remuneração variável, relacionados aos resultados da companhia, e no auxílio-moradia. Também haverá a criação de uma ajuda de custo para a diretoria.
Conselho de Administração
Reunidos nesta 5ª feira (27.abr), os acionistas da Petrobras também aprovaram a distribuição de dividendo complementar e a nova composição do Conselho de Administração. O governo conseguiu emplacar 3 nomes rejeitados pela governança da estatal.
No total, 8 indicados foram eleitos para o colegiado. Acionista controladora e com a maior parte dos votos, a União conseguiu eleger Pietro Adamo Sampaio Mendes, Sérgio Rezende e Efrain Cruz.
Os 3 foram considerados inelegíveis pelo Cope (Comitê de Pessoas) e pelo Conselho de Administração –cujos integrantes haviam sido eleitos na gestão passada, no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os pareceres são recomendações aos acionistas e não têm caráter impeditivo.
*Com informações da assessoria de imprensa e do Poder360.
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