Psicodélica, profana sim, e muito talentosa, símbolo do rock, do pop, da música brasileira
(Foto: redes sociais) |
O restrito título de Rainha do Rock para Rita Lee era "brega". Ela preferia ser chamada de Padroeira da Liberdade. Precisa como só ela, se definiu bem. Para mim e para milhares de mulheres brasileiras. A "transgressora, rebelde" que muitos gostam de rotular, nada mais era do que uma mulher que fazia tudo que queria e experimentou a vida como muitas gostariam. Comum para os homens, não para as mulheres. Numa época em que "sentar de pernas fechadas, não falar alto, não se expor" eram, mais do que hoje, as regras fundamentais para as meninas, Rita gritou, abriu as pernas nos palcos, expos os seus mais profundos sentimentos, mostrando, inclusive, que uma mulher livre pode ter um lado meigo, um lado pop, e também amar - e se magoar - como qualquer menina. Psicodélica, profana sim, e muito talentosa, símbolo do rock, do pop, da música brasileira. Rita é nossa história. É um exemplo de tudo que podemos ser. Sua trajetória e identidade não abriu portas, arrombou-as. Não só para ela, mas também para todas nós. Viva a padroeira da liberdade!
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