O Tribunal de Justiça do RN lançou, nesta quarta-feira (12/7), a edição impressa do livro “Elas no Judiciário - Vivências na Justiça Potiguar”
A obra, lançada inicialmente em formato digital, agora ganhou uma versão física com o objetivo de levar aos mais variados públicos um vasto material de cunho histórico que representa um recorte temporal na trajetória do TJRN. O material poderá ser distribuído em bibliotecas públicas de escolas, universidades e instituições representativas no registro da evolução das mulheres no Judiciário potiguar.
“Elas no Judiciário” é uma construção coletiva de magistradas, servidoras e colaboradoras do Judiciário potiguar e surgiu a partir da iniciativa do Comitê de Valorização Feminina do TJRN, presidido pela desembargadora Zeneide Bezerra. O objetivo inicial foi o de levantar dados históricos sobre o ingresso e a trajetória feminina no Poder Judiciário do Rio Grande do Norte, bem como produzir dados atuais sobre essa participação de magistradas e servidoras na instituição.
“Elas no Judiciário” é uma iniciativa do Comitê de Valorização Feminina do TJRN, presidido pela desembargadora Zeneide Bezerra
“Lançamos virtualmente o livro e hoje fisicamente para dizer a história de um tribunal que nada tinha a respeito de todas mulheres - magistradas, servidoras - que trabalharam desde o início do seu nascimento. Tivemos a preocupação de deixar um grande conteúdo sobre todas as mulheres que atuaram para fazer do TJRN o que ele é hoje: um tribunal de prestígio junto ao CNJ e à sociedade em geral. Porque é o que eu sempre digo: quando o CNJ falou para todos os Tribunais de Justiça do país terem aquele olhar social, o nosso Tribunal já fazia isso há muito tempo. Eu, desde 1980, e outras juízas, como Fátima Soares, Lena Rocha e outras tantas. E hoje os homens estão atuando nessa área da violência doméstica. Nós temos, por exemplo, o juiz Fábio Ataíde, que é quem está na coordenação da violência doméstica”, disse a presidente do Comitê FEMININA, desembargadora Zeneide Bezerra.
A publicação tem um valor histórico importante, pois resgata esse ingresso feminino no Poder Judiciário. Tem ainda o objetivo de retratar o atual estado da equidade de gênero no TJRN, os avanços dos últimos anos e permitindo a instituição se planejar a corrigir eventuais pontos que ainda se mostrem necessários nos próximos anos.
“O ‘Elas no Judiciário’ é uma obra plural. Foi instituído um grupo de trabalho com sete membros, que teve o objetivo inicial de fazer um levantamento histórico do ingresso das mulheres no Poder Judiciário. Também fizemos um mapeamento de como está atualmente a questão de gênero, sobre a distribuição das funções, dos cargos, onde as mulheres estão na instituição. Outro aspecto bem interessante da obra, é que nós trouxemos mais de 70 falas e depoimentos de mulheres sobre as questões de gênero do Tribunal, sobre o que elas gostariam de deixar marcado para as gerações seguintes. Então, com uma obra bem pura, nós temos aí mais de 70 mulheres que participaram. Este livro é uma obra bem marcante, estou muito feliz e realizada com a obra”, disse a juíza Hadja Rayane Alencar, que coordena o grupo de trabalho responsável pela elaboração do livro.
O livro
A capa do livro foi feita pela artista plástica Ara Teles e projeto gráfico pela Secretaria de Comunicação do TJRN. "Elas no Judiciário - Vivências na Justiça Potiguar, uma produção coletiva de mulheres do Judiciário Potiguar " é composto por três partes que se complementam.
A primeira traz um levantamento histórico das pioneiras, servidoras e magistradas, que ingressaram no Judiciário do Estado. Na segunda parte são apresentados dados atuais no que pertine aos quantitativos de mulheres e também seus percentuais nos postos de liderança, um ponto que demonstra avanços da instituição e ainda alguns pontos de preocupação, onde precisamos evoluir. Por último o livro traz a fala de mulheres sobre questões de gênero, bem como de inspiração para outras gerações.
“Este trabalho já nasceu grande porque lançou luzes em personagens femininas expressivas que contribuíram significativamente para a construção do Poder Judiciário nos últimos anos e que, em grande parte, eram conhecidas apenas entre nós. Agora, estão devidamente registradas para a posteridade”, explica a secretária de Comunicação do TJRN, jornalista Andreia Ramos, que faz parte do grupo de trabalho responsável pela elaboração do livro.
As juízas Tathiana Macedo, Tatiana Socoloski e Cinthia Cibele Medeiros, e as servidoras Ana Maria Fernandes, Francineide Damasceno e Gisele Farias da Silva completam esse grupo.
A edição digital de "Elas no Judiciário - Vivências na Justiça Potiguar, uma produção coletiva de mulheres do Judiciário Potiguar" está disponível no site do Tribunal de Justiça.
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