Destaque semelhante foi aprovado em projeto na Câmara dos Deputados
(Foto: Reprodução Diário do Nordeste) |
O projeto de lei de autoria do vereador Felipe Alves (União Brasil) que proíbe o uso da “linguagem neutra” na grade curricular, no material didático de instituições de educaionais públicas ou privadas, concursos públicos e no ensino da língua portuguesa na rede escolar municipal foi aprovado nesta quinta-feira (21) pela Câmara Municipal de Natal.
A linguagem neutra retira o gênero das palavras masculinas e femininas, propondo inclusão de todas as pessoas da comunidade LGBTQIA+. Assim, surgiram termos como “todes”, “elu” e “delu”.
Para o autor da proposta, "precisamos proteger nossas crianças e sermos intransigentes quanto ao bom uso da língua portuguesa, sobretudo no âmbito das escolas. A língua é uma das identidades mais importantes de um povo, portanto, temos que defender esse patrimônio. A chamada linguagem neutra é uma deturpação que não pode se disseminar nos ambientes escolares".
Os vereadores Daniel Valença (PT), Brisa Bracchi (PT), Júlia Arruda (PcdoB) e Camila da Juntas (Psol) votaram contra a matéria. Incialmente, Bispo de Assis (PRB) também foi contrário, dizendo ter se convencido pelas palavras do vereador Daniel, “técnico do assunto”, mas alterou o voto e se absteve.
“No momento em que proibimos a linguagem neutra estamos dizendo que mudanças que estão acontecendo no mundo real, de pessoas se verem em identidade de gênero diferente do vereador Felipe, da vereadora Nina, essas pessoas estão sendo anuladas, estão sendo proibidas de terem a sua manifestação. Estamos afastando as pessoas. É o oposto do objetivo, da essência do que é a linguagem”, opinou Daniel Valença, presidente em exercício da Comissão de Educação da Câmara.
A proposta segue agora para sanção do prefeito Álvaro Dias.
No início de dezembro, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que institui uma política nacional de linguagem simples, com procedimentos a serem adotados por órgãos e entidades da administração pública na comunicação com a sociedade. Um destaque aprovado após a votação do texto principal proíbe o uso de linguagem neutra nesses órgãos. A alteração foi proposta pelo deputado Junio Amaral (PL-MG). O projeto segue para o Senado.
*Com informações da Agência Saiba Mais e do Blog Carol Ribeiro.
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