As escalas reclamadas pelo Sindicato estão sendo montadas, desde ontem (21), pela nova empresa contratada pelo Governo do RN, a Coopsaúde
Sinmed, Cremern e médicos se reuniram nesta quarta-feira (Foto: Sinmed) |
O Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed RN) realizou assembleia nesta quarta-feira (21), com os médicos do Hospital Regional Tarcísio Maia, para novas atualizações do movimento reivindicatório da categoria.
Na ocasião, foram expostas as dificuldades de funcionamento do hospital: dos 10 médicos necessários para o funcionamento diário de vários setores, havia apenas 7 profissionais, afetando diretamente o pronto-socorro, núcleo interno de regulação, enfermaria feminina e masculina, unidade de Infectados e a semi-intensiva. Além disso, a empresa não publicou a escala como garantia de que os pacientes estariam devidamente assistidos pelo número adequado de profissionais.
Durante a visita realizada pela delegacia regional do Sindicato dos Médicos e do Conselho Regional de Medicina do RN (CREMERN), realizada na manhã desta quarta-feira, foi constatado que dos 7 médicos presentes, 3 deles não preenchem o critério de tempo de experiência que consiste em, pelo menos, dois anos de formação, o que garantiria uma assistência mais adequada à população.
Um agravante ainda maior é que um dos médicos que estava prestando serviço no pronto-socorro tinha apenas 30 dias de formado, o que na avaliação do sindicato coloca a população numa situação de risco.
“A solicitação do Sinmed RN é que a empresa apresente uma escala que garanta o que o edital exige: médicos com mais de dois anos de formados; número de profissionais adequados para cobrir o hospital, que são 10 por dia; e a apresentação de uma escala que conte com profissionais suficientes para garantir a assistência ininterrupta por 30 dias”, explica Geraldo Ferreira, presidente do Sinmed RN.
Nesta quinta-feira (22) o CREMERN fará uma visita ao hospital, onde todas essas situações serão averiguadas e, caso se comprove a incapacidade de uma assistência adequada à população, ações judiciais deverão ser tomadas para corrigir o problema.
Entenda
As escalas reclamadas pelo Sindicato estão sendo montadas, desde ontem (21), pela nova empresa contratada pelo Governo do RN, a Coopsaúde.
Desde às 7h do dia 21/2 os médicos contratados pela empresa de Serviço de Assistência Médica e Ambulatorial (SAMA) - que entraram em paralisação por atrasos salariais - não têm mais vínculo com o hospital, uma vez que assumiu a partir daí a nova empresa. A CoopSaúde ganhou a licitação por pregão do governo do Estado.
Greve
O Estado do Rio Grande do Norte está em débito com os meses de outubro, novembro e dezembro de 2023, além do mês de janeiro e até o dia 21 de fevereiro junto aos profissionais que prestam serviços pela Sama.
O Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed) informou, nesta segunda-feira (19), sobre o risco de um calote por parte do Governo do Estado, o que levou os profissionais a iniciarem de imediato o movimento, para que possam garantir o recebimento pelo que foi trabalhado.
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