Parlamentares do RN pediram liberação ao presidente nacional do PL para apoiar candidatos de outros partidos
A Resolução foi a resposta de Rogério Marinho, presidente estadual do PL, a pedido feito pelos deputados Girão e Coronel Azvedo ao presidente nacional, Valdemar da Costa Neto | Foto: Reprodução
Por Carol Ribeiro | Diário do RN
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O Partido Liberal do Rio Grande do Norte vai abrir processo ético disciplinar contra o deputado federal General Girão e o deputado estadual Coronel Azevedo, bem como todos os filiados da sigla, se eles apoiarem outros candidatos, que não os do PL, nestas eleições municipais. A negativa ao pedido feito a Valdemar Costa Neto pelos parlamentares na semana passada veio por meio de uma Resolução, publicada no Diário Oficial do Estado, no último sábado (06), assinada pelo presidente estadual do PL, Rogério Marinho.
Conforme publicou o Diário do RN na última sexta-feira (05), os deputados do PL Rio Grande do Norte buscaram autorização para seguir caminho oposto ao acordado nos municípios potiguares nestas eleições. Sem passar por Rogério, eles foram a Valdemar Costa Neto pedir autorização para serem infiéis ao PL em alguns colégios eleitorais do Rio Grande do Norte. Na ocasião, o assunto foi exposto por Girão, em seu Instagram.
“Trocamos ideias a respeito de fidelidade partidária e de como o PL pode se comportar nas eleições municipais no estado do Rio Grande do Norte. Sugerimos ao presidente que, em alguns casos, apoiadores nossos, com ou sem mandato que não tenham conseguido ter espaço no PL para concorrer, que eles possam ser apoiados por nós sem caracterizar infidelidade partidária”, explicou Girão.
De acordo com o parlamentar, Valdemar iria analisar a possibilidade da carta branca para a infidelidade partidária. No entanto, a Resolução publicada ratifica definição que já havia sido dada pela Executiva Nacional do partido, através do Ofício Circular nº 007/24, e proíbe o apoio a candidatos de outros partidos, onde o PL possua candidatura própria.
“Conforme prevê o Estatuto do Partido Liberal, em seu art. 48, §10º, inciso III, estará sujeito à instauração de processo ético disciplinar, detentor de mandato eletivo que apoiar, clara ou veladamente, candidato de outro partido, em eleição que o Partido Liberal tenha candidatos”. A Resolução ressalta a circunscrição dos municípios do Rio Grande do Norte nas eleições de 2024, para a medida.
O artigo citado determina que o filiado que infringir o Programa ou Estatuto do Partido e apoiar candidato de outro partido ou de outra coligação, em eleições das quais o PL participe, estará sujeito às penalidades previstas no Estatuto. As medidas disciplinares previstas no Artigo 48 vão desde advertência reservada até expulsão da agremiação partidária.
A publicação frisa a ciência da publicização do ato “a todos os parlamentares que compõem as respectivas bancadas do Partido Liberal no Rio Grande do Norte”.
A proibição também delimita a participação do Partido Liberal (PL), em alianças majoritárias com a Federação Brasil da Esperança (PT, PC do B e PV) e PSOL, nos Municípios do Rio Grande do Norte.
O deputado federal General Girão encaminhou ao Diário do RN uma nota sobre o assunto na última sexta-feira (05). Segundo a assessoria de comunicação, a mesma resposta se encaixa para a Resolução publicada sábado, já que a definição do PL RN acompanha o que já havia sido definido nacionalmente no partido.
Na nota, Girão reafirma a defesa de seguir com apoio a nomes que não são filiados ao PL: “Poderemos construir, juntamente com esses apoiadores, que, por alguma razão sobreposta à sua vontade, não puderam ser filiados ao PL dos seus respectivos municípios; uma forte nominata do PL para 2026, cujo objetivo principal é o crescimento do Partido Liberal e o consequente desenvolvimento do Brasil, com mais justiça, liberdade e garantias à nossa população”.
Segundo o deputado, o pedido foi para “uma flexibilização desta regra para eventual declaração de apoio a candidatos ou pré-candidatos que, anteriormente, já tenham firmado compromisso e demonstrado publicamente seu vínculo político com o parlamentar e que sejam, necessariamente, filiados a partidos que comunguem das mesmas ideias e princípios do nosso Partido, no âmbito local”.
De acordo com a assessoria, o assunto foi uma “sugestão” e o deputado não afirma “que vai cumprir, nem que não vai cumprir”, mas que “está com a decisão do partido”.
A reportagem do Diário do RN entrou em contato com o deputado Cel Azevedo, mas não foi atendida.
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