Governadora do RN defende punição aos envolvidos em depredação das sedes dos Três Poderes nos atos golpistas de 2023
Com os deputados federais Rogério Correia e Lindbergh Farias e a presidente do PT, Gleisi Hoffman, Fátima Bezerra participa de cerimônias | Foto: Reprodução |
Por Carol Ribeiro | Diário do RN
A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), esteve nesta quarta-feira (8) em Brasília para participar de atos em memória dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e em defesa da democracia. Ao lado de outras autoridades, como os governadores Jerônimo Rodrigues (Bahia) e Elmano de Freitas (Ceará), além do vice-governador Felipe Camarão (Maranhão), e da presidente do PT, Gleisi Hoffman, a governadora destacou a importância da união em prol do Estado Democrático de Direito e defendeu punição aos investigados pela depredação das sedes dos Três Poderes, nesta data de 2023.
“É nosso dever estar exatamente aqui firme na defesa da democracia, democracia que recentemente foi barbaramente atacada. Agora, mais do que nunca, é momento de unidade. (..) Essa solenidade representa acima de tudo o amor pelo Brasil. Impunidade jamais, sem anistia!”, afirmou a gestora potiguar em vídeo postado nas redes sociais.
Fátima Bezerra cita unidade “além das diferenças ideológicas”, mas enfatiza que isso não significa “negociar a Constituição:
“Estamos aqui no Planalto, nesta data simbólica do 8 de janeiro, para reafirmar o nosso compromisso com a democracia. Sabemos que a nossa democracia saiu deste ataque ainda mais fortalecida, mas seguimos vigilantes. Buscamos união para além das diferenças ideológicas, mas sem negociar a nossa Constituição e o Estado Democrático de Direito. Por um futuro de igualdade e justiça social: democracia ontem, hoje e sempre!”.
Em outra postagem com fotos de sua participação e registros do evento, a governadora alerta sobre a necessidade de educar as gerações futuras sobre o autoritarismo e o ódio.
“Apesar das tentativas de reviver um passado sombrio, a democracia resiste! Esta solenidade é como o filme que orgulha o país: uma declaração de amor à democracia, à liberdade e aos direitos humanos. É um grito de alerta e resistência: devemos educar as gerações presentes e futuras sobre os perigos do autoritarismo e do ódio. Lembrar é lutar para que nunca se repita!”, finaliza.
8 de janeiro e atos no Palácio do Planalto
A agenda do dia foi promovida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Uma cerimônia no Palácio do Planalto e um ato simbólico na Praça dos Três Poderes marcaram dois anos dos ataques às sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário, em Brasília, ocorridos em 2023.
Na ocasião, Lula reforçou o compromisso do governo com a punição dos responsáveis pelos atos de vandalismo e com a proteção do sistema democrático.
“Hoje é dia de dizer, em alto e bom som: ainda estamos aqui. Ditadura nunca mais, democracia sempre”, disse o presidente em seu discurso.
Entre as solenidades, aconteceu a reintegração de 21 obras de arte restauradas após os atos golpistas de 2023, como o relógio do século XVIII, trazido ao Brasil por D. João VI em 1808, e a obra “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, avaliada em R$ 8 milhões, danificados durante os atos antidemocráticos.
Há dois anos, no dia 8 de janeiro de 2023, extremistas contrários ao resultado das eleições presidenciais invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, em um ato que buscava desestabilizar a democracia brasileira. Esses ataques ocorreram pouco mais de uma semana após a posse de Lula para o terceiro mandato.
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