Faleceu nesta terça-feira (11), em Mossoró, Rose Marie da Silva Cantídio, 84
Rose em momentos diversos, como ao lado de Henrique, Aluízio e Edith Souto; com Ozelita Cascudo como “senadora” | Fotomontagem do BCS
Via Blog Carlos Santos e Blog Saulo Vale
O óbito veio como desdobramento de intercorrências a partir de uma queda com fratura de fêmur, que ela sofreu na sexta-feira (07). Estava internada no Hospital Wilson Rosado, em Mossoró.
Rose Cantídio era filha do representante comercial João Cantídio de Oliveira (Apodi) e professora Ildérica da Silva Cantídio (Macau), já falecidos.
Durante décadas foi uma pessoa que granjeou admiração e respeito em Mossoró e além dos limites do município, sobretudo por seu envolvimento com a atividade política. Era aluizista histórica, integrante do movimento denominado de “As senadoras”, que defendia em Mossoró o nome de Aluízio Alves (in memoriam), ex-governador potiguar.
O ex-deputado federal Henrique Alves, herdeiro político de Aluízio, virou seu “filho”.
Não obstante as diferenças políticas e os embates muitas vezes radicais, em Mossoró, Rose Cantídio conseguiu a proeza de sobreviver até mesmo à fase do radicalismo, a ponto de virar vice na chapa de um Rosado.
Foi em 1988, quando acabou convencida a ser candidata (única vez) a vice-prefeita do médico e deputado estadual Laíre Rosado (veja resultado final no boxe abaixo:
Eleições de 1988:
– Rosalba Ciarlini (PDT) – 37.307 (49,7%);
– Laíre Rosado (PMDB) – 30.226 (40,2%);
– Chagas Silva (PT) – 2.507 (3,3%);
– Brancos – 3.594 (4.8%);
– Nulos – 1.503 (2%);
– Abstenção – 5.180 (6,44%);
– Maioria Pró-Rosalba – 7.081 (9,5%).
Também não deixou que se criasse um fosso com os Maias, que durante muitos anos pontificaram na política do RN.
Um bom exemplo a gente resgata com esse episódio abaixo, da série “Só Rindo”, de autoria do editor desta página:
Dinheiro para Aluízio Alves
Aluizista de quatro costados, Rose Cantídio é informada que foram enredar ao ex-governador Tarcísio Maia que ela estaria usando comissões da venda de terrenos seus no financiamento de campanha do ex-governador Aluízio Alves ao governo. O ano é 1982. O adversário de Aluízio era justamente o engenheiro civil José Agripino, ex-prefeito de Natal e filho de Tarcísio.
Disposta a passar a conversa a limpo, Rose vai ao encontro de Tarcísio. Bota sobre a mesa um calhamaço de documentos relativos ao loteamento do ex-governador e desabafa: – Olhe aqui, Tarcísio, é verdade mesmo o que estão contando para você. Só que o dinheiro das comissões como corretora é meu e eu faço dele o que bem quiser. Pode ficar com os seus terrenos – brada.
Após deixar escapar um leve sorriso, com os lábios presos, Tarcísio sentencia:– Vá vender meus terrenos, Rose!
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